Forte não? Está aí um tipo de pergunta que a gente não gosta de pensar né? E de fato é algo que não devemos pensar, dado que está totalmente fora do nosso controle, mas pensar neste tema por alguns minutos pode nos permitir focar em coisas que aí, sim, estão totalmente dentro do nosso controle, mas normalmente nós as negligenciamos.
A mortalidade é uma das questões mais profundas e universais que os seres humanos enfrentam. A consciência de nossa própria finitude muitas vezes nos leva a refletir sobre o significado de nossas vidas e sobre como gostaríamos de viver nossos últimos momentos. Diante da inevitabilidade da morte, surgem questionamentos sobre o que faríamos se soubéssemos a data exata em que nossa jornada neste mundo chegará ao fim. Escolhi falar sobre este tema justamente hoje no “Dia do Trabalhador”, pois quando pensamos na nossa finitude, tendemos a criar diferentes perspectivas e reflexões sobre o nosso “propósito de vida”, e normalmente dedicamos boa parte da nossa vida ao trabalho certo?
A Profunda Reflexão Sobre a Vida e a Morte
Antes de começarmos a especular sobre como reagiríamos ao conhecer a data de nossa própria morte, é importante reconhecer a natureza complexa e multifacetada dessa questão. A morte é um aspecto inescapável da condição humana, e a consciência de nossa própria finitude pode nos levar a uma profunda reflexão sobre o significado e propósito de nossas vidas.
Falado Tudo é Tão Bonito
Normalmente escutamos falar muito sobre equilíbrio, que o segredo está em saber equilibrar a vida profissional e a pessoal, eu até acredito que possa ser isto, mas, na prática, como chegamos lá? Creio que não existe fórmula única para todos, e a liberdade da felicidade vem justamente, quando cada um descobre qual é o seu equilíbrio e aceita isto! Talvez você seja mais feliz ganhando menos e passando mais tempo em casa ou não, talvez sua felicidade seja a cada 3 anos se superar alcançando maiores cargos e ganhando maiores bônus. A única certeza que eu tenho é que cada escolha requer uma renúncia, e muitas vezes a insatisfação vem por queremos tudo ao mesmo tempo. Escolheu algo? Pensou bem? Lembre do que está abrindo mão.
O Impacto da Consciência da Morte
A ideia de conhecer a data de nossa própria morte pode ser extremamente impactante e perturbadora. Para muitos de nós, a morte é uma fonte de ansiedade e medo, e o pensamento de enfrentar nossa própria mortalidade de forma tão direta pode ser avassalador. No entanto, também pode ser uma oportunidade para confrontar nossos medos mais profundos e examinar nossas prioridades e valores mais íntimos.
Carpe Diem: Aproveitar o Momento Presente
Uma das respostas mais comuns a essa pergunta é a ideia de aproveitar ao máximo o momento presente. Diante da perspectiva de conhecer a data de nossa própria morte, muitas pessoas sentiriam um impulso profundo para viver cada dia com plenitude e gratidão, buscando experiências significativas, cultivando relacionamentos significativos e perseguindo seus sonhos mais profundos. Essa abordagem, muitas vezes associada ao lema “carpe diem” (aproveite o dia), enfatiza a importância de viver cada momento como se fosse o último, reconhecendo a preciosa natureza da vida e das conexões humanas. Valorizando e entendendo de fato que o PRESENTE de fato é um “presente” e não há nenhuma ação no passado nem no futuro. Apenas aprendizado e resultado de ações feitas aqui e agora… no PRESENTE.
Priorizar Relacionamentos e Conexões Humanas:
Outra resposta comum seria priorizar relacionamentos e conexões humanas significativas. Diante da perspectiva de ter um tempo limitado neste mundo, muitas pessoas sentiriam um desejo profundo de se reconciliar com aqueles com quem têm conflitos não resolvidos, expressar amor e gratidão por seus entes queridos e passar tempo de qualidade com aqueles que são mais importantes para eles. Fortalecer laços familiares, cultivar amizades profundas e criar memórias duradouras com aqueles que amamos podem se tornar prioridades essenciais quando confrontados com a finitude da vida. O ponto é: dificilmente teremos esta informação, não seria mais fácil buscar fazer um pouco diariamente? Seja o seu melhor possível hoje, dentro das suas possibilidades, com o tempo que você tem do jeito que você pode, mas faça não viva apenas para trabalhar como se este fosse seu único propósito, mas trabalhe para viver como parte do seu propósito!
Buscar Propósito e Significado
Justamente neste momento de confronto com a finitude, parece que a busca do propósito se torna mais urgente. Diante da perspectiva de conhecer a data de nossa própria morte, muitas pessoas sentiriam um desejo profundo de deixar um legado, contribuir para o bem-estar dos outros e realizar seus sonhos mais profundos e significativos. Isso pode envolver dedicar-se a causas altruístas, buscar realizações pessoais e profissionais significativas ou encontrar maneiras de fazer a diferença no mundo ao nosso redor. O ponto é: Será que aquela velha frase é verdadeira? Só damos valor, quando perdemos? Será que na ilusão de uma eminente morte, resolvemos pôr em prática tudo o que poderíamos fazer diariamente em doses homeopáticas?
Mortalidade x Paz Interior
Por fim, algumas pessoas podem encontrar uma resposta à pergunta “o que você faria se soubesse a data em que iria morrer?” na ideia de aceitação da mortalidade e busca pela paz interior. Diante da perspectiva de ter um tempo limitado neste mundo, algumas pessoas podem sentir um desejo profundo de encontrar serenidade, aceitação e transcendência espiritual. Isso pode envolver práticas de meditação, reflexão espiritual, conexão com a natureza e busca de harmonia interior.
Em última análise, as respostas a essa pergunta podem variar amplamente conforme as experiências, valores e crenças individuais. No entanto, diante da inevitabilidade da morte, é importante lembrar que cada momento da vida é precioso e digno de ser vivido com autenticidade, compaixão e gratidão. Independentemente de como escolhemos responder a essa pergunta, a consciência de nossa própria finitude pode nos inspirar a viver com mais intenção, significado e conexão com o mundo ao nosso redor. Que possamos abraçar a vida em toda a sua complexidade e beleza, aproveitando cada momento como uma dádiva preciosa. E que nossa vida profissional faça parte desta dádiva, pois por mais que se separe, vida pessoal e profissional, estamos falando de um único ser e uma única vida.
Abraço,
Rô Cavalcante